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sábado, 26 de fevereiro de 2011

TILLANDSIA XEROGRAPHICA

• Nome Científico: Xerográphica Tillandsiae
• Nome Popular: Gallito, Clavel del Aire
• Família: Bromeliaceae
• Divisão: Tillandsioideae
• Origem: El Salvador, México e Guatemala
• Ciclo de Vida: Perene
• Por: Rômulo Cavalcanti Braga

A Tillandsia Xerográphica é nativa de El Salvador, Guatemala e sul do México. Exemplar de grande porte, sua beleza encanta a quem a vê com seu perfil escultural. Considerada a Rainha das Tillandsias, é um exemplar raro e está ameaçada de extinção. História Sobre a Planta – A exuberância e a beleza, o grande porte da Tillandsia Xerográphica fizeram com que ficasse conhecida como a rainha das Tillandsias. O habitat natural das Xerográphicas é composto de uma região semi-deserta seca, que está localizada no Rio Motagua, próximo a Serra de Minas como em outras áreas desertas da Guatemala. Geralmente são encontram-se em árvores antigas, árvores de Ceiba Pentandra ou nas rochas dos morros. Sabe-se que a Tillandsia Xerográphica é uma das sete espécies de Tillandsias que estão incluídas no apêndice II do Acordo de Proteção de Washington, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna e Flora conhecida como CITES, porque esta planta, após décadas de coletas intensivas de venda está em perigo no estado selvagem. Em 1996, somente a Guatemala sozinha exportou oficialmente cento e noventa toneladas de Tillandsias para a Holanda (o maior importador mundial de plantas), seguido pelos Estados Unidos e Japão, como maiores compradores de plantas da Guatemala. Entre 1999 e 2003 grandes importações (algo em torno de cem milhões de exemplares) de Tillandsia Xerográphica, que deveriam ser provenientes de viveiros de propagação legais foram efetuadas. Mas paralelamente foi descoberto que uma grande parte desse vultoso número foram coletados na natureza ilegalmente e foram confiscados. Em 2003, devido ao fato da irregularidade, a União Européia, estabeleceu uma lei de proibição de importação e comércio da planta por comprometimento da extração dos exemplares em estado selvagem. Uma comissão holandesa foi formada para fazer um levantamento do status da Tillandsia Xerográphica em estado selvagem na Guatemala e verificar se posteriormente as exportações desta variedade coletadas na natureza seria possível sem comprometer a perpetuação da espécie. Também era necessário se estabelecer em conjunto com Inspetores do Governo, parâmetros de diferenciação que poderiam identificar as plantas nativas das cultivadas antes das exportações. O diretor científico do Instituto de Botânica da Universidade de Viena, pediu para um austríaco “expert em Bromélias” um estudo detalhado a respeito da evolução do crescimento dos exemplares em viveiros, o que foi aprovado. Dois especialistas holandeses – o Dr. Chris Schuerman, representante da CITES, e o Dr. Eric Gouda, Depositário do Jardim Botânico da Universidade de Utrecht, participaram da visita de estudos de uma semana, o que em parte resolveu o problema lingüístico entre os de língua espanhola e os participantes de língua inglesa falando! Mesmo antes de embarcarem para Guatemala, um tempo e exato de análise e muitos prazos foram fixados; reuniões com viveiristas e exportadores foram estabelecidas; conversas com membros dos Ministérios, com a Conap Natureza de Proteção e os membros botânicos da Universidade. Já na Guatemala, passaram um dia de campo com longas viagens para obter informações com visitas a diferentes viveiros de Xerográphicas. Na Guatemala existem vinte dois viveiros de cultivo de Xerográphicas conhecidos, dos quais apenas sete são registrados. Os estoques de exemplares devem ser contabilizados a cada quatro meses. Apenas os viveiros registrados com capacidade de propagação e nível de manter a quantidade e qualidade equilibrada de seus progenitores, sem o uso de plantas da natureza, receberam uma licença para exportação. Nos últimos anos, diferentes métodos têm sido utilizados para detectar a presença de Xerográphicas selvagens coletadas ilegalmente escondidas nas exportações de plantas autorizadas. Depois de três desses casos até agora, os viveiros foram fechados. As plantas não foram confiscadas e os viveiros poderiam reabrir novamente com nomes diferentes. Espera-se no entanto que venham a mudar o posicionamento. Estudos feitos pela Universidade da Guatemala, chegou ao resultado de sete para uma planta por quilômetro quadrado. Então você diria que as Tillandsias Xerográphicas da Guatemala presentes na natureza são quase extintas. Especialistas como Uwe Feldhoff, com anos de experiência na área, diz que sem haver medidas como o replantio no estado selvagem, a possibilidade de sobrevivência não é muito grande. A pressão das extrações ilegais sobre o resto dos exemplares restantes é muito grande. O comércio ilegal está pagando de dez a vinte dólares por exemplar extraído. Declarações feitas pelo Conselho de Proteção da Natureza, sugerem que além das Tillandsias Xerográphicas muitas outras estão quase extintas na natureza através da coleta maciça ilegal, como é o caso das Tillandsias: Harrisii, Streptophylla, Pruinosa, Filifolia, Deflexa, Magnusiana, Matudae. Na verdade, alguns exemplares são produzidos em massa para a comercialização, mas eles vieram da natureza e ainda são retirados dela, como a visita aos viveiros agora fechados demonstraram. Havia mais de cem milhões de exemplares de Tillandsias que sem sombra de dúvidas foram coletados na natureza, como as Tillandsias: Streptophylla, Funchsii Var. Gracilis, Seleriana, bem como as Xerográphicas. Elas foram armazenadas em condições terríveis de conservação e estavam apodrecendo. Como resultado do relatório do Dr. Chris Schuermann, a proibição de importação pela União Européia tem sido levantada, no entanto, uma nova cota de exportação foi dada pela equipe de investigação após o julgamento considerando ilegais os viveiros não cadastrados. Finalmente, o autor gostaria de salientar que as observações e os dados não são um palpite ou conjectura, mas reais e são apoiados pela CITES da Guatemala, pela Conap Natureza de Proteção, da Assessoria da Guatemala, os botânicos, e alguns homens responsáveis pelo berçário, que estão preocupados com a sobrevivência destas espécimes na natureza. (Obs: o presente texto acima – História Sobre a Planta, foi captado das paginas da Web e traduzido do inglês, o nome do autor do mesmo foi perdido por um lapso do missivista). Descrição – O nome provém do grego: xero – seco e gráphica – desenho. A descrição se refere a inflorescência da planta que parece ser pintada com giz. É uma espécie meia epífita, meia xerófita, cujo habitat natural é o deserto. Nessas regiões áridas a planta tem suas folhas emaranhadas e com as noites frias, amanhecem cobertas de orvalho. O restante do dia, as plantas desfrutam de um clima extremamente seco. Folhas – Suas folhas cinzas as permite refletir grande parte do excesso da luz recebida. As folhas são relativamente suculentas. Quando a umidade é alta, elas são capazes de armazenar água em seus reservatórios, a fim de gerir os períodos de clima progressivamente seco. Nestes casos, as folhas são alongadas e lisas. Por outro lado, em condições de seca, as folhas aparecem emaranhadas. Em qualquer dos dois estados em que se encontra é a indicação que a planta está saudável, enquanto as extremidades das folhas não estão secas, o que indica a falta de umidade. Tamanho / Inflorescência – As folhas cinza prateado são largas na base e diminuir para um ponto de fazer uma roseta. Elas podem chegar a ter entre 15 e 30 cm de altura e entre 30 a 45 cm de largura. Atraente escultural, solta uma haste floral grossa de onde sai densamente ramificada. As brácteas são folhas vermelho rosadas. Suas pétalas florais tubulares vão do vermelho ao roxo e são de longa duração. Cultivo – Por serem meia epífita / xerófita, esta Tillandsias não são muito fáceis de se cultivar em vasos. O melhor mesmo é instalá-las em costaneiras – retalhos de casca de árvores ou pedaços de xaxim, onde logo desenvolverão algumas raízes finas e fortes com as quais se fixarão. São de crescimento lento e levam vários anos para chegar ao ponto de floração. Entretanto, estabelecem-se muito rápido se montadas em árvores vivas, desde que não sejam regadas em excesso e mantidas em local bem iluminado e com boa ventilação e umidade. Podem também ser cultivadas em camas de telas. A melhor maneira de cuidar dessas plantas é colocá-las em recipiente com orifício de fluxo de ar sem luz direta do sol e regar com um fertilizante foliar hidrossolúvel para orquídeas na dosagem de 1/3 da recomendada pelo fabricante diluída em um litro de água. Com auxilio de um aspessor dirigindo-lhes jatos em forma de brumas ou névoa uma a duas vezes por semana, evitando-se que o centro da planta permaneça molhada. Se isso vier a ocorrer, recomenda-se que se vire a planta de cabeça para baixo para se retirar o excesso de água de seu copo central. Estes exemplares quando bem cuidados com esta precisão ainda viverão muitos anos. Reprodução – Sua reprodução é assexuada, originando sementes, que saem quando se abrem suas cápsulas. Para germinarem, o ambiente ideal deve ter vinte e cinco graus centígrados e trinta mil lux de claridade sem sol direto e umidade constante sob o substrato leve e rico em nutrientes. A planta mãe e/ou matriz também produz uma média de três a quatro brotos laterais a cada ciclo de vida. Esses devem ser destacados das axilas da matriz quando estiverem com 1/3 do tamanho da planta mãe. Estas por sua vez estarão aptas a produzirem novos brotos por novo ciclo desde que muito bem cuidadas. Coleção – Se você está começando ou pretende iniciar uma coleção ou simplesmente quer adicionar uma obra-prima da natureza em sua casa este exemplar é um dever. Pois além de estar cultivando uma obra-prima você estará ajudando na perpetuação da espécie. Sua reprodução se dá por meio de brotos laterais e sementes.
Obs: Interessados na compra de exemplares desta variedade ou outras, favor solicitar Catálogo Fotográfico pelo e-mail: romulocbraga@uol.com.br.

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